A Prefeitura de Congonhas está realizando o levantamento dos pontos de alagamento em áreas urbanas. Professores de Engenharia Civil da UFSJ – Campus Alto Paraopeba, com ampla experiência em diversos tipos de intervenções, prestam consultoria à Secretaria de Obras por meio da empresa CNM Engenharia Ltda., prestadora de serviços ao Município, para a elaboração dos projetos. Uma parte importante desse trabalho é destinada a solucionar o problema recorrente em dias de fortes chuvas em diversos pontos da cidade, como a Avenida Paralela, no Jardim Profeta; o bairro Alvorada; a Rua Sabará, na Praia; trechos da Avenida JK; a Rua Santa Quitéria, no bairro Zé Arigó; a Avenida Noemi Ferreira Lobo, no Alto do Cruzeiro; a Fonte dos Moinhos; o bairro Pires; o Joaquim Murtinho; o Residencial; entre outros.
O professor do curso de Engenharia Civil, com atuação nas áreas de Drenagem, Hidráulica e Saneamento da UFSJ/Campus Alto Paraopeba, Jackson de Oliveira Pereira, atua como consultor da Secretaria de Obras da Prefeitura no processo de elaboração dos projetos de drenagem do Município. Ele explica como o trabalho é realizado:
“Estudamos cada foco com problema de alagamento para chegar às melhores alternativas de projeto e solucionar o problema do melhor ponto de vista técnico, econômico, social e ambiental. Acabamos de apresentar um estudo de concepção para a drenagem da Avenida Paralela [à BR-040]. Já visitamos diversos desses focos, estamos estudando a área central da cidade, o bairro Pires e, daqui a algumas semanas, apresentaremos as soluções para o problema do bairro Alvorada, que também afeta o bairro Praia.”
Uma das maiores causadoras de alagamento em Congonhas, a macrobacia do Alvorada abrange o próprio bairro, além do Tijucal, parte do bairro Matriz e do bairro Praia, onde a água chega pela Rua Sabará, causando transtornos, até desaguar no rio Santo Antônio. De acordo com o secretário de Obras da Prefeitura de Congonhas, Thales Costa, esse projeto precisou considerar os bairros mencionados.
“Antes de qualquer intervenção em uma rua do Alvorada, é preciso avaliar que consequências haverá dali para baixo. Porque a água vai descer, passar pelo canal da Rua Hematita, seguir pela Rua Sabará e chegar ao rio Santo Antônio. A Rua Sabará é um ponto crítico exatamente por receber a água da chuva de diversos outros locais. Existe um canal pluvial que não suporta o volume. Estamos estudando algumas concepções. Uma alternativa seria instalar uma tubulação por dentro da própria Rua Sabará, que possui declividade baixa, então a água desceria por gravidade. Mas a manilha precisa chegar acima da profundidade do rio Santo Antônio, para evitar refluxo”, explica o secretário de Obras.
Thales Costa lembra que existem dois tipos de alagamento: o causado pelo extravasamento dos cursos d’água, como rios e córregos, que depende somente da força da natureza; e o urbano, que impede o tráfego nas vias.
“Neste segundo caso, os alagamentos ocorrem em vários pontos da cidade — e não só em Congonhas — em decorrência da supressão da vegetação e da impermeabilização do solo. À medida que eles ocorrem, precisamos fazer as correções. Vamos encontrar a solução por meio de projetos, definindo a forma técnica, para depois partir para a execução. Caso contrário, o custo da obra pode se inflacionar, tornando-se duas ou três vezes mais alto, e o prazo de execução também se estende”, contextualiza.
A mesma atenção está sendo dedicada às demais obras que estão em fase de planejamento e às que se encontram em execução.
“A atual gestão municipal zela pela elaboração e execução de projetos de qualidade, para sanar os principais problemas de infraestrutura do município — não somente na área de drenagem, mas também em contenções de encostas, melhoria dos acessos e do trânsito da cidade. Vêm muitos projetos estruturantes por aí!”, afirma Fábio Mendonça Nogueira, diretor de Projetos de Engenharia da Secretaria de Obras.
Por Secretaria de Comunicação / Prefeitura de Congonhas