Aprovação de projeto de lei que adapta sinais sonoros nas escolas é vitória para famílias de autistas em Congonhas.

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Aprovação de projeto de lei que adapta sinais sonoros nas escolas é vitória para famílias de autistas em Congonhas

“A adaptação do meu filho no início da fase escolar foi muito difícil. Ele não suportava o barulho, que o incomodava muito.” O relato é do advogado Luiz Alberto Rezende, morador do bairro Dom Oscar, pai de Luiz Antônio, adolescente autista. Cidadão ativo na luta por melhorias para a comunidade autista de Congonhas, ele celebrou a aprovação do projeto de lei que obriga as escolas municipais de Congonhas a adequarem os sinais sonoros tradicionais, a fim de minimizar o impacto sensorial em estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências.

De autoria do vereador Rodrigo Mendes (Podemos), o Projeto de Lei nº 31/25 foi aprovado em plenário e agora segue para sanção. A proposta prevê que as escolas adotem sinais menos invasivos, como luzes piscantes, dispositivos vibratórios ou alarmes com volume reduzido, substituindo os tradicionais toques abruptos, que podem desencadear crises sensoriais em alunos neurodivergentes.

As escolas terão até 90 dias após a sanção para se adequar. A medida é vista como um avanço importante na construção de ambientes escolares mais humanos e inclusivos.

"Achei sensacional ver, mais uma vez, a Câmara Municipal agindo com sensibilidade ao aprovar uma medida que busca o bem-estar não só das crianças e adolescentes autistas, mas também de seus pais e familiares. Isso mostra que o Legislativo está atento às reais necessidades da população de Congonhas. Essa mudança trará mais tranquilidade, especialmente para os autistas mais jovens, e também para os profissionais da educação, que muitas vezes não sabem como reagir diante de uma crise sensorial causada por ruídos intensos. Se é possível evitar esse gatilho — o sinal sonoro — trata-se de uma iniciativa extremamente louvável”, enfatiza Luiz Alberto.



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